A vida cultural da Grécia antiga desenvolveu-se estreitamente vinculada aos acontecimentos da cidade-Estado,a pólis.
Na lingua grega, pólis era, ao mesmo tempo, uma espressão geográfica e uma expressão política.
Pólis designava tanto o lugar da cidade quanto a população submetida à mesma soberania.
O grego antigo pensava em si mesmo como um cidadão ou como um "animal político".
Platão, sob forte influência do pitagorismo, progressivamente se desliga das posições originariamente socráticas e parte para a formulação de uma filosofia própria.
Definição de "idéia(s)": "Idéias" são formas incorpóreas e transcendentes que seriam modelos dos objetos sensíveis.
"Idéia" é a essência existente em si , independente das coisas e do intelecto humano.
Na Dialética socrática, o objetivo seria o dramático embate das consciências, condição para o autoconhecimento.
A dialética,em Platão, apoia-se em recursos matemáticos,num método impessoal e teórico, que visa aos próprios problemas; pesquisa das interligações entre as idéias, um tipo de "métrica" ou arte das medidas e das proporções."
De Platão:
"...temi perder os olhos da alma se observasse os objetos com os olhos do corpo e se me utilizasse dos sentidos para tocá-los e conhecê-los..."
"...Cheguei à conclusão de que deveria me servir da razão e olhar nela a verdade de todas as coisas..."
"...nem eu próprio aceito sem ressalvas que a observação ideal dos objetos, que é uma observação por imagens, seja melhor que aquela que provém de uma experiência dos fenômenos..."
"...afirmo que o Belo é que torna belas todas aquelas coisas que o são."
"Aquele que se liberta das ilusões e se eleva à visão da realidade é o que pode e deve governar para libertar os outros prisioneiros das sombras: é o filósofo político...que faz de sua sabedoria um instrumento de libertação de consciências e de justiça social..."
"...Ascese ao mundo das idéias é como uma "ascese erótica"(visão socrática); Eros comanda a subida por via da atração que a beleza dos corpos exerce sobre os sentidos e remete, afinal, à contemplação do Belo Supremo, o Belo em si..."
No platonismo, a construção do conhecimento é uma conjugação de intelecto e emoção, de razão e vontade; a episteme é fruto de inteligência e amor.
De Platão:"...de ti dependem as leis da República e as de todo o Estado? Acreditas que um Estado pode subsistir se as suas sentenças legais não tem poder,e o que é mais grave, se os indivíduos as desprezam e aniquilam?"
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