sábado, 25 de junho de 2011

DE:SANTO HILÁRIO DE POITIERS:


LIVRO 12 DO"TRATADO SOBRE A SANTÍSSIMA TRINDADE"
52-Enquanto estiver animado pelo Espírito que, por ti, me foi concedido ,eu te confessarei, com todas as minhas forças, Pai santo e onipotente,como Deus eterno
e como o eterno Pai. Nunca me deixarei levar pela ímpia insensatez de querer julgar os mistérios da tua onipotência.Jamais permitirei que a fraqueza de meu espírito pretenda elevar-se acima da noção verdadeira da tua infinidade e da fé na tua eternidade,como me foram reveladas.Nunca afirmarei que possas ter existido sem tua Sabedoria,tua Força, teu Verbo, Deus Unigênito,meu Senhor Jesus Cristo.Que a palavra fraca e imperfeita de nossa natureza não prejudique meu pensamento a teu respeito,de tal modo que a indigência do meu falaar faça
calar a fé.Como a palavra, a sabedoria e a força agem em nós por um movimento interior, assim também teu Verbo,tua Sabedoria tua Força são,em ti, geração perfeita do Deus perfeito. É sempre inseparável de ti Aquele que, por estes nomes
eternos das tuas propriedades,demonstra ter nascido de ti, de tal modo,porém,que indica seres somente tu o seu Pai,e mais ninguém, para que não se perca a fé na sua infinidade, ao afirmar que nasceu antes dos tempos eternos.

55-É pouco,para mim, negar, por minha palavra ou minha fé,que meu Senhor e meu Deus,Jesus Cristo, o teu Unigênito,seja uma criatura.Também não suportarei que se atribua esse nome ao teu Espírito Santo, que vem de ti,enviado por meio de Teu Filho. Grande é minha reverência para com aquilo que te diz respeito.Pelo fato de reconhecer que somente Tu és inascível e que o teu Unigênito nasceu de ti, não direi nunca ser o Espírito Santo gerado, nem criado.Receio da injúria contida neste nome que tenho em comum com as outras criaturas tuas e que é dirigida também contra ti. O Espírito Santo, segundo o Apóstolo (cf.1Cor 2,10), sonda e conhece o que há de profundo em ti, e, intercedendo, diante de ti, por mim, te diz, em meu lugar, o que eu não poderia dizer. Eu não apenas o definiria,mas ofenderia chamando de criatura o poder da natureza que vem de ti,por meio do teu Unigênito. Nada penetra em ti, a não ser o que te pertence, e a profundeza de tua imensa majestade não pode ser medida por um poder estranho e alheio a ti. Tudo o que há em ti é teu, e não é alheio a ti o que está no teu interior,com poder para perscrutar teu ser.

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