quarta-feira, 4 de agosto de 2010

SÊNECA E O ESTOICISMO

Lucio Anneu Sêneca nasceu na província romana da Bética,atual Córdoba,na Espanha,provavelmente no ano 4 a.C. Córdoba recebeu sob o Reinado de Augusto o título de colônia romana,tendo ele adquirido os direitos de cidadão romano.Seu pai,homem bem preparado na área de escrever,rétor de renome,cohecido por ter escrito dez livros nos quais descorre sobre as formas de retórica de seu tempo.

Sêneca alcançou os mais altos postos dentro da administração romana.Parte para Roma,onde aprende retórica. Se devotou até o fim dos seus dias a persuadir,tocar,mover,convencer com seu discurso,com a força de sua palavra.Paralelamente, aos seus estudos, entra em contato com a filosofia.

Segundo Sêneca, o universo é constituído de dois princípios:um passivo,a matéria e um ativo,Deus.Este é a alma do universo,razão(logos) difundida em todas as coisas,fonte imanente da vida, lei suprema que liga numa única cadeia de causas todos os eventos e condiciona a unidade orgãnica do cosmos.

Sêneca,filósofo pagão, compreendeu o valor da liberdade como direito fundamental constitutivo de cada homem.A igualdade,para ele é um direito natural,assim como, o objetivo último da vida humana é a autonomia da pessoa perante os homens e os acontecimentos:é a liberdade do espírito diante de tudo o que pode profanar a divina serenidade do ânimo.

Ser filósofo ,para os estóicos, não é quem sabe construir sistemas, mas quem sabe viver e morrer de acordo com o seu sistema.Vida e sistemas de idéias devem sintonizar-se de modo perfeito, uma vez que Filosofia é sempre entendida como um todo.Ela só é dividida, para fins didáticos.

O fundador do Estoicismo foi Zenão de Cittium ou Pórtico das Pinturas,em Atenas.
O Estoicismo foi elaborado em uma época de profundas convulsões sociais e políticas marcadas pela ruína da pólis grega.
Uma das questões fundamentais que surge nesse período é a da felicidade individual, sem se dissociar da comunidade.Acentua a crença de que é impossível para o homem encontrar regra de conduta ou alcançar a felicidade sem se apoiar em uma concepção do universo determinado pela razão ou "logos".
O Estoicismo apanha e aprofunda as transformações de caráter "individualizante",o que torna a interioridade um aspecto marcante.Há uma tendência marcadamente ética.Os filósofos estóicos reconheceram que não se pode refletir sobre o "ético" sem fundamentá-lo na visão da natureza e do ser.
A Filosofia é constantemente comparada a um ser vivo,no qual os ossos e os nervos correspondem à Lógica,as partes carnosas à Ética e a alma à Física.
Em Roma, os filósofos estóicos transformar-se-ão em "diretores de consciência",com ênfase na práxis.Outra característica marcante da filosofia estóica no Império Romano:a busca pela autarquia.
Zenão e os estóicos procuram libertar-se do Destino trágico buscando fazer da vontade da sorte,a sua vontade, assim, o homem é libertado da idéia de uma dependência exteriorizada.
O fim moral de todas as escolas helenísticas é o de ensinar a ser feliz. A felicidade está na ataraxia(a imperturbabilidade do espírito).Zenão busca-a na apatia, na impassibilidade, na supressão de todas as paixões do ânimo, e em torno disto gira a grande importãncia da reflexão de Sêneca.

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